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O fim é também um (re) começo

  • karinadafonsecapar
  • 25 de ago. de 2023
  • 11 min de leitura

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O fim é também um novo começo. Mas como assim Karina, o fim é um novo começo, é um recomeço. Se você é muito apegada, a Ciclos, talvez essa frase ainda não faça sentido pra você. Prazer, se você ainda não me conhece, meu nome é Karina, eu sou a psicóloga clínica e aqui nesse podcast eu Compartilho com você algumas reflexões que podem te ajudar a fazer com que a sua jornada como pessoa com deficiência seja mais leve, mais autônoma, mais livre e mais feliz, porque afinal a gente merece ser feliz. O que eu quero te ajudar a reconhecer nesse episódio é, primeiro, esse título significa uma coisa, o fim de uma temporada Esse é o último episódio da temporada, da primeira temporada do podcast reabilitação. E esse episódio pra mim significa que eu consegui cumprir com o objetivo, com o compromisso que eu tinha com vocês aqui depois de vencer todos os meus medos e inseguranças que eu tinha de fazer um podcast e ter medo de ninguém ouvir e ter medo de ser redundante demais repetir muito conteúdo então hoje é o fim e também um novo começo pra mim e pra vocês. A segunda temporada vem aí, mas eu tô precisando de um tempo pra elaborar ela com toda qualidade pra vocês Porque coincidência ou não eu não acredito em coincidências. Eu prefiro chamá-la de deuscedências. Eu também estou vivendo um fim. A minha vida pessoal e profissional eu também estou vivendo recomeços. Então além do podcast eu me encontro hoje num momento em que eu tô abandonando quem eu era e ainda tô buscando quem eu quero ser. E esse momento é muito delicado e muito difícil Nesse processo eu perdi pessoas que eu amava muito, terminei ciclos e relacionamentos que não me faziam bem ou que até me faziam bem, mas que não estavam alinhados com o que eu queria e precisei focar primeiro em mim pra depois olhar pro outro e isso me ajudou imensamente no meu processo de aceitação Então hoje eu quero compartilhar com você três coisas que me ajudaram a ressignificar o meu fim e começar novamente. Pra mim eu hoje nesse episódio aqui com vocês decreto fim de colocar a deficiência como protagonista na minha vida porque muitas vezes quando eu passo por uma rejeição a minha mente lógica automaticamente volta praqueles registros no meu corpo e na minha memória de que se uma pessoa me rejeitou é porque eu sou uma pessoa com deficiência. Tinha uma oportunidade de trabalho me foi negada é porque eu sou uma pessoa com deficiência se alguém não gostou do vídeo que eu fiz é porque eu sou uma pessoa com deficiência pra você pessoa com deficiência como eu inconscientemente você pode estar entrando no mesmo espaço e aí eu quero dizer eu sinto muito a vida nesse espaço de se colocar como vítima ou coadjuvante pra não usar a palavra vítima da sua história porque na verdade quem é que está sendo protagonista aí deficiência, né? Se colocar como coadjuvante da sua história e fazer com que a deficiência seja o protagonista, é muito sofrido. E eu hoje decreto o fim disso e gostaria que você também pensasse avaliar se os seus padrões de comportamento e visse que se isso faz sentido pra você, vamos juntas, vamos abandonar isso, vamos enxergar a sua história como a potência e a humanidade e a imperfeição que ela tem. Porque eu sei que muitas vezes você se sente inadequada ou não compreendida ou não representada por ser uma pessoa, uma mulher com deficiência que o meu trabalho e as pessoas que acompanham aqui são sua grande maioria mulheres, mas você não é inadequada, você não é errada, você não é feia, o seu corpo não é horroroso ou você não é uma mulher menos sensual por ser uma pessoa com deficiência apenas te contaram isso e nossa como dói fazer esse desprendimento assumir pra si mesma que você estava sendo capacitista com si mesma dói mas também liberta e por isso o fim disso é um novo começo pra minha história também. A segunda coisa que eu aprendi é que é importante praticar o desapego. Como é que o novo vai chegar se a gente não decreta o fim como é que o novo vai chegar se eu tiver apegada a padrões antigos? Então vamos colocar numa perspectiva de relacionamento porque a queixa de muitas mulheres e é algo que eu também tenho dificuldade. Não é à toa que eu criei a aula gratuita primeiro eu, lá no meu Instagram arroba Psi Karina com K Fonseca. Pra ensinar outras mulheres com deficiência ou sem Que pra gente se relacionar bem com o outro a gente precisa primeiro focar em si, nos objetivos que a gente quer nas expectativas que a gente tem com o outro em como a gente se trata acreditar que a gente merece viver um relacionamento porque muitas vezes você pessoa com deficiência que está me ouvindo não se relacionam, não conseguem se relacionar ou atrai pessoas que não ficam na sua vida ou que tem perspectivas e pensamentos muito diferentes de você, porque na verdade você não acredita que você merece ser amada. Você tem o sonho de construir uma família, de ter um relacionamento sério, mas você não acredita lá no fundo que você merece. Por mais que conscientemente você tente se convencer disso. E aí ah mas Karina como é que eu sei? Terapia Se você tem muita dificuldade de se relacionar, eu recomendo fortemente, porque foi o que me ajudou no meu processo de autoconhecimento, a tornar os meus medos conscientes, a entender os padrões de comportamento que eu tinha porque eu vivi a vida achando que eu tinha lido podre. Assim como você. E eu nesse momento me encontro em outra fase. Terminando ciclos, relacionamentos porque hoje ao contrário das outras vezes eu não tenho medo de expor pro outro a minha clareza, os meus objetivos. Eu quero casar sim, eu quero ter filhos sim. Então pra que que eu vou querer ficar com uma pessoa que vai ter objetivos de vida diferentes Mesmo que depois ela mude de ideia agora para mim não faz sentido. Eu estaria mentindo pra mim se eu aceitasse por exemplo alguém que já está procurando uma relação casual. E o mesmo acontece pro inverso se você só tá procurando uma relação casual, só encontra uma pessoa que quer um relacionamento sério e você aceita um relacionamento sério pra não desagradar o outro, por não perder aquela pessoa, para e pensa, será que você tá fazendo a primeiro eu e se colocando nesse lugar de autor ou autora da sua própria história. Porque aí se você abre mão do que faz sentido pra você Vamos supor que você quer viajar o mundo e essa pessoa quer casar e ter filhos aí você está abrindo mão de todo o sonho que você construiu, de toda narrativa que você quer pra sua vida. Então primeiro passo pra esse fim desapegar e entrar pro seu recomeço é tenha clareza do que você quer. Em qualquer coisa na vida e se você não sabe ainda não tem problema faz um mergulho profundo no seu autoconhecimento e descobre porque sem clareza a gente não tem um caminho pra seguir. Então nem adianta tentar você só vai se frustrar. Recentemente eu conheci uma técnica e ela chama ThetaHealing é uma técnica de terapia integrativa e eu olho muito pra essa técnica com olhar de filosofia de vida e não só como uma ferramenta de cura poderosíssima como ela é No ThetaHealing a criadora desse método maravilhoso diz assim, a gente precisa ter clareza dos nossos objetivos pra manifestar algo. Então se você é ligada aí na lei da atração e às vezes se culpa porque não estão chegando os resultados que você quer Será que cê tá sendo clara na manifestação? Esse é o primeiro ponto. Se eu quero um relacionamento, quais são as características que essa pessoa tem que ter O que eu chamo na clínica e nos meus conteúdos de valores e negociáveis. E aí você pode voltar aqui pro episódio pros limites. Tá? No episódio que eu falo de limites tem uma atividade prática que pode te ajudar a reconhecer os valores inegociáveis da pessoa ou em outro episódio que chama amor e rejeição. Aproveita e faz um TBT hoje já que é quinta e escuta esses dois episódios se você ainda não ouviu isso vai te ajudar a ter clareza. Por exemplo, se o seu objetivo é manifestar um relacionamento. Depois, o segundo passo é acreditar que já é real. Porque se você duvidar que essa pessoa chega, você vai vibrar no medo. Você vai vibrar na raiva insatisfação e aí isso dá espaço pra elocubação mental que é o quê? Ai por que que a pessoa não está chegando? Será que é porque eu tenho uma deficiência? Ai por que que aquela pessoa não me quis? Será que é porque eu tenho uma deficiência por exemplo. Isso são só exemplos do que eu já passei e do que pessoas que eu trabalho no consultório também, né? Pacientes já passaram. Então pra sair desse lugar e decretar o fim disso você precisa ter uma consciência. Acreditar que já é real, ter clareza dos seus objetivos. E aí, esperar e quando eu falo a palavra esperar bem pausada assim é porque pra mim é esse ponto que eu ainda estou trabalhando. E que eu posso te ajudar através da psicoterapia trabalhar também. Precisamos aprender a confiar e esperar manifestação, por exemplo, e também na vida que já deu certo, porque se eu olhar pro mundo com lentes de preta no branco, ah, isso é maluquice, aquele negócio de de de manifestação, o quê? Eu vou viver na falta eu vou vibrar na falta e se eu vibro na falta, eu tô apegada, aquela realidade que eu vivo e aí eu não consigo abrir espaço pro novo. Então, uma coisa que eu faço muito, né, porque eu, no caso, aguardando algo acontecer na minha vida de grandioso que eu já manifestei é criar ispaçu pra isso e como? Deixa eu dar um exemplo se eu manifestei um relacionamento já tá feito Então o que eu posso fazer nessa espera? Me tratar com amor e carinho. Abrir espaço pra essa pessoa. Então me trabalhar pra quando essa pessoa chegar eu estar pronta porque não adianta uma pessoa chegar se eu não tiver pronta pra me relacionar. E eu coloco eu em primeira pessoa mas pode ser você. Eu só estou me usando de exemplo. Então abrir espaço pro novo e desapegar das coisas antigas ou que já não fazem mais sentido é também o fim, mas é um novo começo. E por último nesse episódio também eu decreto o fim e uma relação de dor e sofrimento com o meu corpo Eu gostaria que você também avaliasse se isso não é um problema ou uma questão que você gostaria de trabalhar também. Porque como mulher com deficiência eu passei por dezessete cirurgias ortopédicas e nossa só de lembrar meu corpo já arrepia todo de tanta dor que eu sofri inúmeras horas de fisioterapia, pinos e parafusos no pé inúmeras idas ao hospital e doses de morfina aplicadas marcam a minha história e nesse momento eu só consigo acolher o meu corpo e pensar, poxa, como você sofreu? E aí eu resolvi que quando eu olho pra minha história com a potência que ela tem não existe espaço pra eu ter pena no meu corpo eu precisei e preciso ainda aprender a ressignificar minha relação com ele então hoje eu decreto o fim da não aceitação do meu corpo e resolvi fazer dele o meu tempo. E comé que eu tô fazendo isso? Já tem um tempinho, eu tô testando, tá? Por isso que eu tô falando com vocês porque já acontece há bastante tempo. Eu resolvi cuidar do meu corpo com amor. Eu resolvi acreditar na potência do meu corpo, na sensualidade, na beleza que ele tem apesar das suas imperfeições. Porque não é porque eu tenho uma deficiência que o meu corpo é feio, é ruim. Ele só é diferente, me fizeram acreditar muitas vezes que o meu corpo era feio e ruim, inadequado, com comentários capacitistas que eu já contei aqui alguns exemplos, mas ele não é, ele é lindo na beleza dele, na essência dele e ele é muito bom pra mim. Ele faz eu andar, eu falar, ele funciona perfeitamente em questão de saúde dos órgãos internos e eu tenho que ser grata a esse corpo. Porque se não fosse por ele eu não teria autonomia que eu tenho hoje. Eu não seria eu um ser humano vivendo uma experiência física, né? Como ser humano, mas um ser espiritual vivendo uma experiência física na terra. Então meu corpo e o seu corpo também é a nossa primeira casa E que que a gente faz quando a gente quer morar numa casa aconchegante, bonita, que é convidativa pra uma outra pessoa entrar. A gente cuida dessa casa. Então o meu corpo com o tempo é um recomeço pra mim, é um novo capítulo numa história que já tá aí há bastante tempo querendo ser reconstruída eu hoje olho pros meus pés e lembro muito de uma frase, eu não vou lembrar ao certo a frase agora porque ela não está aqui na minha frente. Mas da Frida Kahlo pés pra que te quero se tenho asas pra voar. E essa frase faz muito sentido pra mim, porque um lugar do meu corpo que sempre me causou muita dor foi o meu pé direito. Eu tenho uma sequela de paralisia cerebral é MPG do lado direito então meu pé direito que sofreu essas cirurgias todas muitas delas não todas porque tiveram cirurgias também em outras áreas do corpo mas a maioria Foi no pé direito. Então esse pé ele apesar da dor segue. Eu ando por um nado. E se você é cadeirante certeza que você também vai lembrar que apesar da dor, a cadeira te leva a muito lugar. Então ressignificar a sua relação com esse corpo e com a sua deficiência vai te ajudar a enxergar a potência que você tem e aí decretando o fim da relação de raiva, de pena do seu próprio corpo, você abre um novo leque, um recomeço pra sua relação com ele você começa a cuidar da sua casa e ela começa a ser habitável, ela começa a ser prazerosa, ela começa a ser convidativa ou mesmo com o seu corpo então passando por esse processo de finalização de ciclos eu quero compartilhar um pouquinho mais sobre isso e te convido enquanto a segunda temporada não vem que se você ainda não me segue nas minhas redes te convido a seguir o meu INSTAGRAM novamente arroba Psicarina Fonseca te convido a procurar informações do meu site sobre psicoterapia individual se você tem interesse em ser um dos meus melhores que são todos os meus pacientes se essas mensagens fizerem o sentido pra você e você quer uma ajuda mais específica e direcionada pra chegar nesse objetivo e por último eu decidi que vou voltar a produzir conteúdo lá no TikTok estava um pouco parado porque eu estava vivendo esse momento de muitas penalizações de ciclo e começo de outras então precisei me recolher e eu vou fazer lá como se fosse um diário desse processo de me reencontrar e de ressignificar a minha relação comigo, com o outro também e com o meu corpo. Principalmente com o meu corpo e eu vou compartilhar todo dia como se fosse um diário. É uma forma deu manter o meu compromisso comigo mesma, documentar esse processo pra mais tarde eu entender que tudo passa e também manter o meu compromisso com você de produção de conteúdo que estava meio difícil. Então criei esse sistema que vai me ajudar e através da minha cura eu posso levar você a se curar também então eu queria agradecer, agradecer que se você ficou até o final desse episódio, agradecer a você que escuta todas as quintas-feiras os episódios aqui, agradecer a você que me acompanha, que é fã do meu trabalho, indica ele pra outras pessoas e eu queria Simplesmente agradecer por todo o processo que dividimos aqui juntos e dizer que a primeira temporada do reabilitação se encerra pra mim hoje e se você olhar com calma todas as palavras que tão aí em maiúscula nos títulos formam a palavra reabilita ação que é o nome desse podcast Então hoje no O Fim é também um novo começo. Um beijo e até o próximo episódio que será só segunda temporada. Até logo

 
 
 

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